O Preparo dos Medicamentos Homeopáticos

O Preparo dos Medicamentos Homeopáticos

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Os medicamentos homeopáticos são preparados a partir de matérias-primas de origem vegetal, mineral ou animal, utilizadas em seu estado natural. Essas substâncias são submetidas a dois processos característicos do medicamento homeopático: a diluição e a dinamização.

Os produtos de base

Para constituir sua farmacopeia, a homeopatia recorre a todos os recursos da natureza.

  • Substâncias bastante diversas

Milhares de substâncias são utilizadas como matéria-prima para o preparo dos medicamentos homeopáticos: plantas (cebola, café, coca, sabugueiro, etc.), minerais (ouro, cobre, chumbo, ferro, mercúrio, sal marinho, petróleo, etc.), animais ou secreções animais (abelha, formiga, veneno de víbora e outras cobras, tinta de lula, etc.). 

Algumas dessas substâncias, em estado natural, são extremamente perigosas para o organismo. De qualquer forma, elas perdem toda a toxicidade nas doses ínfimas em que são prescritas pela homeopatia.

  • Substâncias muito raras

Alguns produtos só podem ser extraídos de zonas específicas do planeta: assim, entre as plantas utilizadas pela homeopatia, o cohosh-azul (Caulophyllum thalictroides) só é encontrado nas áreas montanhosas da América do Norte; a cascavel (Crotalus cascavella), cujo veneno é muito usado pela homeopatia, vive apenas nas regiões secas do México à Argentina.

  • Da matéria-prima ao medicamento

A primeira preparação realizada a partir dessas substâncias de base é a tintura-mãe. Ela é obtida ao se colocar a planta (em sua totalidade ou uma de suas partes) em contato com uma combinação de água e álcool, que é agitada de modo regular durante vários dias. Se a matéria de base é um mineral, utiliza-se ele próprio, pulando-se a etapa da tintura-mãe; o mineral é triturado em um pilão até ficar solúvel; a partir de então, são feitas as primeiras diluições. Por fim, se a substância for de origem animal, ela passará pela trituração assim como as substâncias de origem mineral. Qualquer produto resultante da trituração deve ser homogeneizado logo depois dessa primeira etapa. Três etapas posteriores são necessárias para produzir um medicamento: a diluição, a dinamização e o acondicionamento.

A diluição

Esta etapa consiste em colocar a base (tintura-mãe, produto da trituração, etc.) em contato com um diluente e, em seguida, repetir o processo várias vezes. O diluente pode ser água, álcool, sacarose, lactose ou soro fisiológico, de acordo com o caso. Dois métodos podem ser utilizados: a diluição hahnemanniana e a diluição korsakoviana.

  • A diluição hahnemanniana

Este primeiro método foi nomeado pelo próprio Christian Friedrich Samuel Hahnemann, o criador da homeopatia. A diluição hahnemanniana consiste em diluições centesimais (daí a indicação centesimal hahnemanniana, abreviada em CH, mencionada nos rótulos de medicamentos assim preparados) ou a decimal (“decimal hahnemanniana”, abreviada DH ou XH). Para realizar uma diluição a 1CH, quando se trata de uma planta, dilui-se uma parte de tintura-mãe em 99 parte de álcool a 30º (ou 99 partes de sacarose ou lactose), produzindo uma diluição a 2CH. Consequentemente, uma parte de 2CH diluída em 99 partes de álcool a 30º (ou 99 partes de sacarose ou lactose) produz uma diluição a 3CH, e assim sucessivamente. Por volta da diluição 5CH, toda substância se torna solúvel em álcool e, por isso, não precisa mais ser triturada. Entre as diluições hahnemannianas mais utilizadas estão: 5, 6, 7, 12, 18, 21 e 30CH, e 1, 3 e 6DH.

  • A diluição korsakoviana

O segundo método é chamado “korsakoviano” devido ao nome de seu inventor, Korsakov. Essa diluição consiste em preencher um frasco com a tintura-mãe ou com o pó resultante da trituração, em seguida esvaziar o frasco e conservar o que restou nas paredes e, enfim, enchê-lo com o diluente: a solução assim obtida é uma diluição a 1K. Para obter uma solução a 2K, esvazia-se novamente o frasco, conservando-se apenas o que restou nas paredes, para em seguida enchê-lo novamente com o diluente. Todas as diluições são, portanto, produzidas num mesmo frasco. No Brasil, esse método não é muito utilizado, ao contrário dos países europeus, que o empregam bastante nas dinamizações 30, 200, 1.000 e 10.000K.

A dinamização

É uma série de agitações (as chamadas “sucussões”) da mistura depois de cada diluição para favorecer o contato entre o diluente e o diluído e facilitar a transmissão da “mensagem”.

  • “Transmitir a informação”

Conforme os princípios homeopáticos, trata-se, portanto, não apenas de dissolver mas de “fazer eclodir” a informação trazida pela substância de base; a dinamização aumenta a impregnação do diluente, favorece a troca e, por meio do próprio movimento, aumenta a energia.

Atualmente, as preparações homeopáticas podem ser realizadas mecanicamente, num aparelho chamado dinamizador, que se encarrega das duas etapas, diluição e dinamização.

A forma dos medicamentos

Na maioria dos casos, os medicamentos homeopáticos são apresentados sob a forma de glóbulos (feitos à base de sacarose), ou em diluição líquida. Os tabletes e os comprimidos são preparados com lactose.

Pessoas com diabetes ou que sofram de alguma restrição em relação ao açúcar não podem usar glóbulos.

As mensagens da natureza

Na homeopatia, considera-se que cada uma das substâncias naturais usadas para fabricar um medicamento é portadora de uma “mensagem” ou “informação” que a caracteriza.

Essa “mensagem” é aquela da sua vida e da sua origem…

Assim, uma planta comunica por meio de um medicamento se é “isolada” ou “sociável”, se vive na montanha, na planície, no meio de culturas, se cresce num clima quente ou frio, é parasita ou não, tem seu pólen transportado pelo vento, pela chuva, pelos pássaros, etc. Esse mesmo raciocínio pode ser aplicado às pedras e aos animais.

Para ilustrar esse princípio, podemos usar o seguinte exemplo: para se locomover alguns metros, um animal leva de alguns segundos a várias horas; um vegetal, alguns anos ou décadas; um mineral, vários séculos…

Assim, a utilização de diluições à base de minerais permite tratar os problemas mais profundos do indivíduo, que datam de vários anos ou mesmo de várias gerações.

Ressaltamos a importância das consultas médicas para a prescrição adequada dos medicamentos homeopáticos. Evite a automedicação e procure sempre um profissional de sua confiança caso tenha qualquer tipo de dúvida.

Entre em contato conosco, se necessário, através do telefone ou e-mail e solicite o seu orçamento:

(16) 4009-9600 / 3624-1787 – injectcenterfarma@gmail.com

Referência Bibliográfica: SERVAIS, Dr. Philippe M. (org.). Larousse da Homeopatia. São Paulo: Larousse do Brasil, 2002.

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